19 de Outubro de 2012
Lisboa
A santidade não é uma questão moral. É a acção do Espírito Santo na história.
De acordo com Henri de Lubac, o Espírito é sempre imprevisível nas suas intervenções. O Santo que esperamos não será de acordo com as nossas concepções. (...) uma rígida ascese que o libertará de si mesmo.
No Evangelho
São mais de sessenta as vezes que a palavra 'santidade' aparece no plural. É um acontecimento pessoal mas também comunitário. A 'santidade comunitária' é procura essencial da Fé. O cristianismo deverá ser capaz de gerar um comunidade atenta a outro. Os critérios distintivos das comunidades cristãs, de acordo com os Actos dos Apóstolos, são: Eucaristia, oração, testemunho, acolhimento e o amor entre os irmãos (fraternidade).
O baptizado é já santo, terá de tornar-se aqui, no quotidiano, lugar teológico por excelência, o que já é.
A Santidade é relação viva com a pessoa viva de Jesus, que sustenta a santidade.
É também um acontecimento. Requer duas acções espirituais: a escuta (da Palavra) e o acolhimento (do Espírito, que acompanha sempre a Palavra de Deus). Estas duas acções conduzem à transformação da pessoa.
É, em definitivo, dom de Deus.
A Santidade ou implica a incarnação no quotidiano, ou não passa de uma ideia, de uma abstracção.
Interpela a nossa humanidade, sem deixar nada de fora.
O santo acredita mais na misericórdia que no pecado; está disposto a recomeçar sempre.
Jesus acredita na humanidade das pessoas que encontra. A santidade de Jesus faz surgir a Vida.
Hoje é preciso tornar homem em verdade, segundo Cristo. Humanizar o Homem.
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